sábado, 4 de junho de 2011

Doce Solidão






Chuva de sol, tempestade mansa ao longe, meu calendário saindo do tom, antes pensamento de brisa, agora coração de tufão. Depois do desengano, venho tentando o equilíbrio cego com a solidão, em meio a propagandas reticentes de amores perfeitos.

Cambaleando num tempo em que todo amor é eterno, sem brigas, sem comodismo sem marasmo.Fruto dessa ambição desumana, uma espécie de mania de eternidade. São juras de amor, cartas nunca lidas,propagandas de margarina, alicerces desses castelos encantados que a gente tem mania de construir.


Ouça bem, jogue no seu baú, aquele gosto de desejo bom, o amor bandido... Vamos desconstruir esses castelos, pulando todas as etapas da razão. E quanto a você solidão, não me empreste a ninguém.Gosto desses momentos sem cobranças, sem freios, sem amarras , na contramão dos sonhos alheios.Anda tudo sereno e no mesmo tom.Adeus ao que restou dos sentimentos de auto destruição , das bossas sem melodia e dos julgamento precipitados.


Venha comigo saudar o sol que vem vindo, limpando as magoas, cuidando dos excessos,da dor simples e apertada ,trazendo aceitação .E nesse meu coração, além do mundo e de algumas constelações,sobrou a vontade de ser chuva e molhar os corações incendiados de amar errado, perpetuando as maravilhas de se fazer só.... “solidão, foge que eu te encontro que eu já tenho asa..”*


*Esse Marcelo Camelo sabe das coisas...referência a música Doce Solidão..

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