domingo, 9 de junho de 2013

Anarquista de mim


Hoje termino o dia acertando as contas com a vida. Saldando as dívidas comigo mesma.Tempo de me dar um tempo. 

Arrumei as minhas gavetas, tirei os amores antigos, os dias nublados, e a melancolia que como diria o Tom não sai de mim, não sai...

Sigo no exercício da liberdade de sentir. Escolho a solitude ao invés da solidão. Relações amadores e noites tumultuadas a partir daqui não me acompanham mais.Abro e fecho portas.Nada fica entreaberto.

É um exercício dolorido. Sinto-me como se estivesse sendo tatuada.O ato de ter prazer na dor. De fato, essa é a minha utopia .Sou uma desgovernada cheia de boas intenções. Sem governo, enfim, sou anarquista de mim mesma.

                                                    Clarissa Perna