quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um desencontro encontrado




“Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.”


Antoine de Saint-Exupéry



De onde vem essa repentina admiração tão perene? De onde vem essa sensação de poema permanente? De onde vem esse bem-querer assim tão fácil, assim tão fluido, assim tão puro.

Um desencontro encontrado. Escancaradas entre o disponível e o indisponível. A constância e a inconstância. Uma sincronicidade paradoxal.

Olha!!!Eu desculpo a sua covardia visceralmente humana. Paixão não é ciência, paixão é um encontro de almas em estado de poesia .

As nossas verdades estão nesses delírios desencontrados, nesses pronomes possessivos que me arrepiam dos pés a cabeça.Obrigada por ter sofrido e continuar a viver assim tão docemente.

Às vezes o amor quer ferir, e se cura doendo. Se você souber ler nas minhas entrelinhas, entenderás um pouco mais de mim. Leia-me suavemente, porque também sou feita de delicadezas. Leia-me nervosamente pois meu corpo precisa de um pouco de desordem.Por fim leia também os meus olhos, porque eles dizem muito do que eu quero e não devo. E não se esqueça de mandar lembranças ao nosso nascer do sol, as nossas bolhas de sabão e as nossas madrugadas cheias de estrelas. Porque absolutamente tudo agora em mim é urgência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário