sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Paranóias delirantes




Eis-me num bar qualquer, frente as esquinas da vida , cercada de paranóias , devaneios ,comodismos e preguiças . Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos.Pensamentos mirabolantes , reinventados diariamente, tais quais enredos de novela das 20hs.

Ando com a memória do coração pregando suas peças, cheia desses desesperos de gente grande sabe?Serei, mais um capitulo de alguma tragédia contemporânea?

Acho que não, pra ser sincera, ta mais pra comédia da vida privada, licença poética, poesia sem rima, métrica incerta.A gente acaba se reinventando pra viver nesse tempo errado.Não sou mulher de flores, não ando com reflexos de carência, acho mesmo que vivo num roteiro fixo, transitando minuciosamente entre bandidos e mocinhos .

Por incontáveis 5 segundos, tenho absoluta certeza que já conheço o meu último capitulo. Sentimentos de revelia vem a tona , talvez culpa ou obviedade de instintos e condutas ?

A grande ironia disso tudo é que eu não sei, não tenho a mínima idéia , acho que a vida fica mais irresistível por conta do incerto .Trato á vida como trato os meus discos do Chico Buarque, Billy Holiday ,Caetano... De forma imprudente, mas sem estreitar a alma. Estranhamente continuo procurando todas essas sensações , esses orgasmos de vida que se não fossem tão prazerosos me arrancariam absolutamente o tesão de viver.



Um comentário:

  1. concordo...o incerto é o que nos faz sentir.
    mecânicas servem para outras coisas...
    talvez para nos recuperar.

    gostei do texto tb.
    beijoss

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