domingo, 5 de agosto de 2012

Incompletude










O sol derramando poesia no horizonte, o dia enfim nascendo tal qual a complexidade agridoce das melodias do Caetano. Eu sou um barco à deriva, enfrentando o caos dos lirismo diários, a vida elucidando o que um dia foi óbvio. Junto minhas rimas e remo...remo...remo....

Estamos presos na ilha da falta de tato com o próximo, falta de tato consigo mesmo. A solidão tornou-se  um alívio, um alento, um lugar seguro. Encontrei um porto nos meus desencontros, tornei-me um território independente que não se deixa em paz.

Ancorei , revirei os meus avessos e descobri que a felicidade é serena. Na permanência das minhas mudanças atesto, que não dá pra impedir a chegada de uma tempestade, e nem evitar a mudança dos ventos e das marés. Mas podemos direcionar nosso barco para um lugar mais bonito.

 Foi assim: na correnteza do dia-a-dia, que  me dei conta da minha incompletude, da minha humanidade tão cheia de excessos, e me encantei !!!

                                                                                                  Clarissa Perna


Nenhum comentário:

Postar um comentário