A tua presença, os teus afagos, teus olhos, mãos e lábios.
Mansinho...seu queixo, seu texto e aquela flor. Espaçoso que só, chega e invade
as minhas entranhas mais íntimas com as suas vírgulas, e eu te envolvo com as
minhas reticências milimetricamente colocadas entre você e o meu pescoço.
O mar, nós dois e o nosso carnaval. Gosto de virar
confete na disritmia do seu colo inconsequente. Gosto das suas cheganças
sacudindo meu sono manso e sequestrando meu fôlego com arrepios.
Hoje por favor, me espere acordado, levo sorrisos, mordidas
e uma vontade louca de derrubar essas prateleiras, essas vergonhas e o nosso
pudor.
Clarissa Perna